Durante duas décadas, a equipe médica que a acompanhava decidiu apelidá-la de Clarinha, em alusão às suas características físicas. O caso tomou grande repercussão após uma reportagem no programa Fantástico, em 2016, o que levou diversas famílias de desaparecidos a tentar identificá-la como algum ente querido. No entanto, mesmo com exames realizados, nenhum vínculo familiar foi estabelecido.
A morte de Clarinha ocorreu devido a uma broncoaspiração na manhã de quinta-feira, 14 de junho. Por não possuir documentos de identificação, existe a possibilidade dela ser sepultada como indigente. No entanto, a equipe médica responsável pelo caso está tentando reverter essa situação, uma vez que a paciente se tornou parte da “família” dos profissionais que a cuidaram ao longo dos 24 anos de coma.
Apesar de não ter sido identificada ou reclamada por famílias em todo esse tempo, Clarinha deixou uma marca naqueles que a cercavam, tornando-se mais do que apenas um caso médico. Agora, com sua partida, resta aos profissionais e autoridades envolvidas encontrar uma forma digna de homenagear e sepultar essa paciente que desafiou as estatísticas e permaneceu em coma por tanto tempo.