Fome em massa atinge o Haiti: 1,4 milhão de haitianos à beira da fome e mais de 4 milhões necessitam de ajuda alimentar

No Haiti, a situação alimentar é crítica, com cerca de 1,4 milhão de haitianos à beira da fome e mais de 4 milhões necessitando de ajuda alimentar, conforme levantamento de instituições humanitárias. O diretor do Programa Alimentar Mundial da ONU para o Haiti, Jean-Martin Bauer, alertou para uma “fome prolongada e em massa” que assola o país caribenho.

As dificuldades logísticas estão exacerbando a crise, com gangues que bloqueiam as rotas de distribuição e paralisam o Porto Principal do Haiti. O armazém do Programa Alimentar Mundial já está apresentando escassez de cereais, feijões e óleo vegetal, o que preocupa as autoridades. Com suprimentos para apenas algumas semanas, a situação é crítica e inspira “pavor”, nas palavras de Bauer.

Desde o final de fevereiro, as operações humanitárias no país foram afetadas devido aos ataques de gangues, que incendiaram prédios, fecharam o aeroporto principal e libertaram milhares de detentos. A violência fez com que o primeiro-ministro Ariel Henry anunciasse sua intenção de renunciar, aguardando a formação de um conselho de transição.

A situação no Haiti é ainda mais complicada devido à presença de mais de 200 gangues no país, com a maioria concentrada em Porto Príncipe e arredores. Essas organizações controlam 80% da capital e disputam por mais território, o que torna a distribuição de alimentos e a assistência humanitária ainda mais desafiadoras.

Dezenas de mortes já foram registradas nos confrontos mais recentes, com milhares de haitianos desabrigados e em situação de extrema vulnerabilidade. A crise humanitária no país exige uma resposta urgente e eficaz da comunidade internacional para evitar um desastre ainda maior.

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