Com um poder praticamente irrestrito e a supressão de vozes opositoras, Putin segue consolidando sua posição na Rússia. O respaldo da economia do país, que se mantém resiliente mesmo diante das sanções ocidentais decorrentes da invasão da Ucrânia, também reforça a posição do presidente russo.
Além disso, os avanços consistentes no campo de batalha e o apoio cada vez menor dos Estados Unidos e de outras nações à Ucrânia contribuem para a consolidação do poder de Putin. Com poucas restrições em seu novo mandato, especula-se sobre as medidas que o líder russo poderá adotar.
Uma das possíveis ações impopulares que Putin poderia tomar seria uma segunda mobilização militar para lutar na Ucrânia. A primeira, em setembro de 2022, gerou protestos e fez com que muitos russos deixassem o país para evitar serem convocados. No entanto, alguns analistas acreditam que Putin não precisa necessariamente dessa mobilização, visto que a guerra está sendo vista como favorável para a Rússia.
Além disso, a agressividade de Putin preocupa os países que foram submissos à antiga União Soviética, como a Moldávia. O governo moldávio teme se tornar alvo russo, especialmente após a invasão da Ucrânia. A região separatista da Transdnístria, onde a Rússia tem soldados estacionados, também está sob alerta devido à pressão da Moldávia.
Internamente, no novo mandato de Putin, espera-se mais medidas repressivas, principalmente contra a comunidade LGBT+. O movimento LGBT+ foi declarado extremista e contra os valores tradicionais da Igreja Ortodoxa, o que indica que a repressão pode se intensificar.
Dessa forma, Putin entra em um novo mandato com ampla margem de manobra, o que levanta questionamentos sobre as ações que ele poderá adotar nos próximos anos. A comunidade internacional permanece em alerta diante das possíveis consequências das decisões do líder russo.