Brasil mantém auxílio à Palestina e critica ação ilegal de Israel na Faixa de Gaza, declara ministro das Relações Exteriores.

O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, fez duras críticas à ação de Israel na Faixa de Gaza durante um discurso na Cisjordânia. Vieira classificou a ação como “imoral” e “ilegal”, destacando que impedir o acesso das pessoas à comida e água, atacar operações humanitárias e impedir assistência médica são práticas que vão contra os princípios básicos de humanidade e direitos internacionais.

Durante seu pronunciamento, o chanceler brasileiro ressaltou que o uso da fome e sede como armas de guerra constitui uma “punição coletiva” e que a destruição e morte de inocentes não será esquecida. Vieira recebeu aplausos calorosos ao afirmar que o Brasil manterá sua contribuição para a Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina no Oriente Próximo (UNRWA).

Além disso, o ministro agradeceu às Nações Unidas por investigarem de forma rápida as acusações de que membros da UNRWA estariam envolvidos em ataques terroristas em Israel. A manutenção das contribuições para a agência é vista por Vieira como essencial para ajudar mais de 5 milhões de refugiados palestinos.

A visita de Mauro Vieira à Cisjordânia faz parte de uma agenda no Oriente Médio que inclui reuniões com autoridades palestinas para discutir a situação na Faixa de Gaza e os desafios enfrentados pela população local. O chanceler brasileiro também se encontrou com o presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, e o chanceler palestino, Riyad al-Maliki, para traçar estratégias de apoio à Palestina em fóruns internacionais.

A viagem de cinco dias de Mauro Vieira pelo Oriente Médio ainda inclui visitas à Jordânia, Líbano e Arábia Saudita, onde temas como cooperação técnica, comércio e investimentos também serão abordados. O chanceler brasileiro busca fortalecer os laços diplomáticos com a região e defender a paz e segurança no conflito entre Israel e Palestina, buscando uma solução de dois estados.

Mauro Vieira evitou passar por Israel, onde o presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi declarado “persona non grata” no mês anterior, optando por iniciar sua viagem pela Jordânia. A atuação firme do ministro das Relações Exteriores brasileiro ressalta o compromisso do Brasil em promover a paz e garantir o respeito aos direitos humanos em cenários de conflitos internacionais.

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