De acordo com o Ministério da Defesa, a suspensão da trégua acontecerá nos departamentos de Nariño, Cauca e Valle del Cauca, devido ao não cumprimento do cessar-fogo por parte das estruturas do Estado-Maior Central das FARC-EP. No entanto, a trégua continuará em vigor em outras regiões onde os rebeldes estão presentes, como a Amazônia e a fronteira com a Venezuela.
O presidente Gustavo Petro divulgou um comunicado condenando o ataque armado contra o grupo indígena no município de Toribío, departamento de Cauca. O governo e o Estado-Maior Central haviam suspendido as hostilidades no início de 2023, mas o acordo foi violado diversas vezes pelos rebeldes.
A principal facção de rebeldes que não aderiu ao acordo de paz totaliza cerca de 3.500 combatentes e controla rotas de narcotráfico nas fronteiras com o Equador e a Venezuela, de acordo com informações da inteligência militar.
O ataque de sábado foi mais um episódio de violência contra as comunidades indígenas, evidenciando a fragilidade do cessar-fogo. Uma mulher de 52 anos morreu após ser baleada no rosto, e um indígena ficou ferido durante o ataque.
A representante na Colômbia do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos condenou o ataque e destacou a necessidade de proteger as comunidades indígenas. As autoridades colombianas estão em alerta diante da escalada de violência nessas regiões do país.
Portanto, a suspensão da trégua e a retomada das ações ofensivas contra os rebeldes marcam um novo capítulo de instabilidade e violência em algumas partes da Colômbia. A comunidade internacional segue atenta aos desdobramentos desse conflito interno.
