Reeleição triunfal de Putin em meio a repressão, morte de opositor e conflito com Ucrânia marca eleições presidenciais na Rússia

Neste domingo (17), a Rússia encerrou as eleições presidenciais que indicam a reeleição triunfal de Vladimir Putin em meio a um cenário de repressão e conflito com a Ucrânia. Os três dias de votação foram marcados por bombardeios ucranianos, incursões de milícias pró-Ucrânia em território russo e atos de vandalismo em locais de votação.

As eleições foram apresentadas pelo Kremlin como uma oportunidade para os russos expressarem apoio à ofensiva na Ucrânia, embora o país vizinho tenha classificado o pleito como ilegítimo. Os apoiadores do opositor Alexei Navalny, falecido em fevereiro, convocaram os eleitores a comparecer às urnas em sua homenagem.

Em Moscou e outras partes do mundo, filas se formaram nas embaixadas russas, com multidões especialmente em Paris e Berlim. A viúva de Navalny, Yulia Navalnaya, votou na capital alemã, cercada de manifestantes contrários a Putin.

Enquanto parte da população demonstrava apoio ao presidente Putin, outros expressavam oposição e lamentavam a falta de liberdade de expressão no país. Ações de protesto foram realizadas de forma organizada, mas a dissidência pública tem sido reprimida na Rússia desde o início do conflito com a Ucrânia.

O dia das eleições foi marcado por novos confrontos na fronteira com a Ucrânia, com ataques em diversas regiões e relatos de vítimas. As autoridades russas alertaram contra protestos eleitorais e enfatizaram a luta pela sobrevivência contra os ataques ocidentais.

Os resultados das eleições são esperados em breve, e um show está programado para acontecer na Praça Vermelha de Moscou em celebração ao aniversário da anexação da Crimeia pela Rússia. Ao mesmo tempo em que Putin parece caminhar para mais um mandato, a tensão na região continua a crescer.

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