De acordo com a entidade, é importante ressaltar esse alerta especialmente diante do aumento no consumo de medicamentos psiquiátricos nos últimos anos. A pandemia contribuiu para um aumento significativo no uso de remédios para ansiedade, sedativos e antidepressivos.
Soraya Smaili, professora Titular de Farmacologia da Escola Paulista de Medicina da Unifesp, destaca que o aumento no consumo desses medicamentos está diretamente relacionado ao cenário de isolamento, ansiedade e depressão causados pela pandemia. Ela ressalta que algumas substâncias presentes nesses medicamentos podem afetar a capacidade de reflexo de quem está ao volante.
A falta de informação sobre os potenciais riscos desses medicamentos é outro ponto destacado pela Abramet. Eles alertam que alguns medicamentos podem permanecer no organismo por até 72 horas, o que pode comprometer a habilidade do motorista ao dirigir. Por isso, é fundamental seguir as recomendações médicas e evitar assumir o volante sob os efeitos dessas substâncias.
A Abramet também destaca a importância de conscientizar os médicos do tráfego e a população em geral sobre os riscos associados ao consumo de medicamentos e direção. A entidade defende a implementação de medidas de segurança, como alertas visuais nas embalagens dos medicamentos, para informar aos condutores sobre os possíveis efeitos prejudiciais dessas substâncias.
Flávio Emir Adura, diretor científico da Abramet, reforça a importância do paciente compreender os riscos envolvidos no uso desses medicamentos. Ele destaca que o conhecimento sobre os efeitos dos medicamentos na capacidade de dirigir pode prevenir acidentes e salvar vidas.
Diante desse cenário, é fundamental que os condutores estejam cientes dos riscos associados ao consumo de medicamentos e evitem dirigir sob influência dessas substâncias. A segurança no trânsito é responsabilidade de todos e cabe a cada um tomar as precauções necessárias para garantir a segurança própria e dos demais usuários das vias públicas.
