A situação foi presenciada por um fotógrafo da AFP, que contabilizou os corpos, enquanto moradores locais afirmaram que foram encontrados 10 mortos. Ainda não se sabe em que circunstâncias essas pessoas perderam a vida.
Os homens armados espalharam o terror em bairros como Laboule e Thomassin, onde atacaram diversos locais, incluindo um banco, um posto de gasolina e residências. Um morador, Vincent Jean Robert, relatou: “Chegaram encapuzados em seus carros, motos e em sua própria ambulância, e massacraram a população de Pétion-Ville”.
Até mesmo a residência do juiz do Tribunal de Contas haitiano Pierre Volmar Demesyeux foi saqueada, mas ele conseguiu escapar graças à intervenção policial. Esse episódio é apenas mais um em uma série de ataques violentos que ocorrem no país desde o início do mês.
O primeiro-ministro Ariel Henry, que já anunciou sua renúncia e a formação de um conselho presidencial de transição, tem sido alvo de críticas tanto no Haiti quanto pela comunidade internacional. As negociações para formar esse conselho têm enfrentado dificuldades, com partidos políticos renunciando à participação e atrasos significativos.
Enquanto o Haiti enfrenta essa crise política, a insegurança no país só aumenta. O Conselho de Segurança das Nações Unidas realiza reuniões para discutir a situação haitiana, e a ONU anunciou uma ponte aérea entre o Haiti e a República Dominicana para levar ajuda humanitária à população desesperada.
A crise humanitária no Haiti atinge níveis alarmantes, com a falta de acesso à comida e abrigo. Organizações internacionais, como o Unicef e a OIM, alertam para as consequências desastrosas desse cenário, com milhares de deslocados na área metropolitana de Porto Príncipe e um número crescente de pessoas sem condições de retornar para suas casas.
Diante desse panorama sombrio, a comunidade internacional busca formas de ajudar o Haiti a superar essa crise, enquanto os haitianos aguardam ansiosamente por dias melhores em meio à violência e à instabilidade política que assolam o país.
