Perigosa infecção bacteriana no Japão gera recordes de casos de síndrome do choque tóxico em 2024

O Japão está lidando com uma grave infecção bacteriana que está preocupando as autoridades de saúde do país. Os sintomas dessa infecção começam de forma semelhante a uma gripe fraca, com febre, calafrios e dores musculares, mas evoluem rapidamente para náuseas, vômitos e sinais que indicam falência de órgãos específicos, como rins, fígado e pulmões.

No ano passado, o Japão registou um recorde de 941 casos de doença estreptocócica do grupo A, conhecida como síndrome do choque tóxico estreptocócico (STSS). E os números deste ano indicam que os casos poderão superar os recordes anteriores, com 378 casos já notificados no primeiro bimestre de 2024.

A síndrome do choque tóxico é uma condição grave em que o organismo se intoxica devido a toxinas produzidas por bactérias. Essa síndrome geralmente está associada a infecções bacterianas, principalmente causadas pelas bactérias Staphylococcus aureus e Streptococcus pyogenes.

Segundo o Instituto Nacional de Doenças Infecciosas (NIID), ainda existem muitos fatores desconhecidos sobre os mecanismos por trás das formas graves e repentinas de estreptococos. Além disso, a cepa do grupo A, que costumava afetar mais adultos com mais de 65 anos, agora está levando a mais mortes entre pacientes com menos de 50 anos.

Um caso chocante ocorreu no ano passado, quando um jovem de 14 anos precisou amputar as mãos e pés após ser diagnosticado com a síndrome do choque tóxico. Os médicos relataram que seus pulmões começaram a falhar e seu corpo teve dificuldade em bombear sangue adequadamente, levando a complicações severas.

Por se tratar de uma condição séria e potencialmente fatal, a síndrome do choque tóxico é classificada como uma emergência médica e requer tratamento imediato e internação hospitalar.

Alguns dos sintomas dessa síndrome incluem febre alta, dificuldade para respirar, disfunção renal e hepática, pressão arterial baixa, entre outros. Certos fatores, como idade avançada, cirurgias recentes, lesões na pele e condições médicas preexistentes, aumentam o risco de desenvolver a STSS.

Para prevenir a propagação da infecção por estreptococos do grupo A, é recomendado seguir práticas de higiene, como lavar as mãos regularmente e cobrir a boca e o nariz ao tossir ou espirrar. Essas medidas podem ajudar a evitar a disseminação dessa infecção grave no Japão e em outros países.

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