2023: O ano mais quente da história, alerta Organização Meteorológica Mundial, com impactos preocupantes para o clima global e segurança alimentar.

O ano de 2023 ficará marcado na história como o mais quente já registrado, de acordo com o relatório divulgado pela Organização Meteorológica Mundial (OMM) nesta terça-feira, 19. Além do aumento das temperaturas, o ano também foi acompanhado por recordes de calor oceânico, elevação do nível do mar, perda de gelo marinho na Antártica e recuo das geleiras.

Este relatório servirá como base para a reunião ministerial sobre o clima que será realizada em Copenhague nos dias 21 e 22 de março. Líderes de todo o mundo estarão presentes para discutir reforços nas Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs) dos países, com o objetivo de alcançar um acordo ambicioso sobre financiamento na COP29. As NDCs representam as metas de redução de emissões de gases do efeito estufa que cada país se comprometeu a atingir a partir do Acordo de Paris.

De acordo com a OMM, a temperatura média global próxima da superfície foi de 1,45 grau Celsius acima da referência básica do período pré-industrial. O Acordo de Paris estabelece como meta principal não permitir que o planeta se aqueça além de 1,5ºC até o final do século 21.

A secretária-geral da OMM, Celeste Saulo, alertou que nunca estivemos tão perto do limite inferior de 1,5ºC estipulado no Acordo de Paris e destacou a urgência em agir diante das mudanças climáticas. O relatório ainda aponta que os extremos meteorológicos e climáticos estão contribuindo para a insegurança alimentar, tendo em vista o aumento no número de pessoas sofrendo desse problema em todo o mundo.

Diante desse cenário preocupante, a comunidade internacional precisa continuar lutando para mitigar os impactos das mudanças climáticas e garantir um futuro mais sustentável para as próximas gerações. A reunião ministerial em Copenhague será uma oportunidade crucial para acelerar as ações e buscar soluções efetivas para proteger o planeta.

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