Segundo María Alejandra Poleo, advogada da coligação, os condenados foram considerados culpados por conspiração, terrorismo e associação para cometer crimes após o término do julgamento. Eles foram presos em dezembro de 2019, sob a acusação de participar da operação “Honra e Glória”, um suposto ato terrorista que tinha como alvo unidades militares no estado de Sucre, no leste do país, e posteriormente em Caracas.
Os envolvidos estavam ligados a um ex-deputado e dissidente do chavismo, Fernando Orozco, que era procurado pela Justiça e teria liderado o planejamento do atentado. Poleo destacou que o grupo utilizava um grupo de WhatsApp para elaborar planos de desestabilização e até mesmo de assassinato, embora tais ações nunca tenham sido concretizadas.
Os dez detidos cumprirão suas penas em instalações prisionais em El Rodeo e Ramo Verde, ambas localizadas no estado de Miranda, no leste da Venezuela. O governo de Maduro costuma denunciar frequentemente planos de golpe de Estado e assassinato contra o presidente, atribuídos a opositores. Apenas neste ano, quase 40 indivíduos foram presos por supostos atos conspiratórios ocorridos entre 2023 e 2024.
De acordo com a ONG Foro Penal, a Venezuela atualmente mantém 264 “presos políticos”, dos quais 147 são militares. Este caso reflete a tensão política no país sul-americano e a repressão exercida pelo governo de Maduro contra qualquer forma de oposição.