Durante uma entrevista coletiva com a imprensa internacional, Kukush não especificou a origem das empresas acusadas de poluir os rios com mercúrio, nas bacias das regiões amazônicas de Loreto e Amazonas, na divisa com o Equador. Os wampis destacaram que garimpeiros ilegais avançaram para a área da bacia do rio Santiago, no estado do Amazonas, o que intensificou o desmatamento ilegal e destruiu cerca de 110 mil hectares entre 2021 e 2023.
De acordo com informações dos governos locais, citadas pelo líder Shapion Noningo, a situação se tornou mais alarmante pela falta de controle por parte do governo nacional. O território habitado por aproximadamente 16 mil wampis engloba 1,3 milhão de hectares nas regiões de Loreto e Amazonas, tornando a situação ainda mais crítica diante da devastação causada pelas atividades ilegais na região.
É fundamental que as autoridades peruanas e demais órgãos competentes ajam de forma efetiva para coibir essas práticas nocivas ao meio ambiente e à população indígena local. O alerta feito pelos líderes wampis é um sinal claro da urgência em se tomar medidas para proteger a região da Amazônia e garantir a preservação desse importante patrimônio natural para as futuras gerações.