A presidente executiva da IQAir na América do Norte, Glory Dolphin Hammes, destacou que a poluição atmosférica continua sendo uma catástrofe de saúde global. Isso se deve, em parte, ao aumento da atividade econômica e ao impacto tóxico da fumaça dos incêndios florestais. Além disso, a qualidade do ar tem se deteriorado principalmente nas cidades, devido ao aumento das partículas microscópicas de fuligem PM2,5, que podem causar sérios problemas de saúde e até levar à morte.
O relatório da IQAir contou com dados de mais de 30 mil estações de monitoramento em 7.812 locais ao redor do mundo. Entre os países mais poluídos em 2023 estão Bangladesh, Paquistão, Índia, Tajiquistão e Burkina Faso, com taxas acima dos padrões estabelecidos pela OMS. A Índia, por exemplo, abriga as quatro cidades mais poluídas do mundo, com Begusarai liderando a lista.
Apesar de avanços em alguns países, como a redução dos níveis de poluição durante a pandemia de Covid-19, a recuperação econômica pós-pandemia tem contribuído para a piora da qualidade do ar. A qualidade do ar no Canadá, por exemplo, piorou devido a incêndios florestais, enquanto a China voltou a registrar um aumento nos níveis de PM2,5. A OMS também reduziu os níveis considerados seguros de PM2,5 em 2021, o que colocou muitos países em situação de alerta.
Diante desses dados preocupantes, especialistas alertam para a necessidade urgente de ações locais, nacionais e internacionais para monitorar e reduzir a poluição do ar. A poluição atmosférica continua sendo responsável por milhões de mortes a cada ano em todo o mundo, tornando essencial a implementação de medidas eficazes para garantir um ar limpo e saudável para todos.
