Câmara dos Deputados aprova restrição de “saidinha” de presos em datas comemorativas, aguarda decisão de Lula.

A Câmara dos Deputados aprovou, em uma votação simbólica, um projeto de lei que restringe as saídas temporárias de presos conhecidas como “saidinhas”. Essa restrição vale especialmente para casos de crimes hediondos ou cometidos com violência ou grave ameaça. O texto agora aguarda sanção ou veto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Uma das principais mudanças propostas pelo projeto é limitar o benefício das “saidinhas” apenas para detentos inscritos em cursos profissionalizantes ou que estejam cursando o ensino médio ou superior, durante o tempo necessário para essas atividades. Anteriormente, a autorização ocorria para presos que tivessem cumprido ao menos um sexto da pena, no caso de primeira condenação, e um quarto para os reincidentes.

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Durante a votação na Câmara dos Deputados, apenas o PSOL protestou contra a matéria. Pedro Paulo (PSD-RJ), autor do projeto de lei, demonstrou insatisfação com as alterações feitas no Senado, que, segundo ele, pioraram a proposta inicial que era mais restritiva. Ele ressaltou que o texto aprovado na Câmara em agosto de 2022 era mais rígido.

O relator da matéria, Guilherme Derrite (PL-SP), que se licenciou temporariamente do cargo de secretário de Segurança Pública de São Paulo para acompanhar a votação, enfatizou a importância da proposta como um primeiro passo para resolver questões relacionadas à Segurança Pública. Deputados da bancada da bala, como Alberto Fraga (PL-DF), comemoraram a aprovação do projeto.

Embora a proposta tenha sido aprovada de forma significativa na Câmara, alguns setores criticaram as restrições impostas às “saidinhas”. Erika Kokay (PT-DF) destacou que essa medida reflete um aumento do punitivismo na sociedade, reforçando a necessidade de respostas mais eficazes para a segurança pública.

No Senado, a proposta recebeu 62 votos favoráveis, dois contrários e uma abstenção. O governo não orientou a votação sobre o tema, tratando-o como uma questão do Legislativo. Aprovado na Câmara, o projeto agora aguarda a decisão do presidente para se tornar lei e impactar a legislação brasileira referente ao sistema prisional.

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