Segundo relatos da atriz, profissionais da unidade hospitalar vazaram para a imprensa a informação de que ela teria sido estuprada, engravidado e entregado o bebê para a adoção. Klara afirmou que foi abordada por uma enfermeira na sala de cirurgia, que a ameaçou de revelar o segredo, e logo depois foi procurada por um colunista, o que a levou a tomar medidas legais.
A decisão que condenou o hospital foi proferida pelo desembargador Alberto Gentil de Almeida Pedroso, que argumentou que houve violação dos direitos da personalidade da vítima e que o valor da indenização busca reparar o sofrimento causado à atriz, além de servir como alerta para a instituição em relação à custódia e manuseio de informações sigilosas.
O Conselho Regional de Enfermagem de São Paulo (Coren-SP) chegou a abrir uma investigação sobre o caso, mas acabou arquivando por falta de provas que demonstrassem a participação de profissionais de enfermagem no vazamento das informações. O órgão alegou que a apuração foi baseada nas postagens de Klara em suas redes sociais e que a atriz não se manifestou quando procurada para apresentar sua versão dos fatos.
Diante desse desfecho, o caso levanta questões sobre a privacidade e segurança das informações dos pacientes em instituições de saúde, destacando a importância de garantir a proteção dos dados pessoais e a responsabilização em casos de vazamento de informações sigilosas.