Nas últimas semanas, o Haiti tem sido alvo de ataques coordenados por bandos armados em Porto Príncipe, em uma disputa contra o primeiro-ministro Ariel Henry. Em meio a esse caos, Henry concordou em renunciar na semana passada, abrindo caminho para a formação de um conselho presidencial de transição.
No entanto, as negociações para a composição desse conselho têm enfrentado obstáculos devido a dissensões internas. A embaixadora da Guiana na ONU, Carolyn Rodrigues-Birkett, expressou confiança de que as conversas estão avançando, mas ressaltou que ainda pode levar um tempo para chegar a um acordo.
Enquanto isso, o país africano Quênia ofereceu ajuda para combater a insegurança crônica no Haiti, enviando policiais como parte de uma missão internacional. Essa colaboração enfrentou incertezas após a renúncia de Henry, mas foi reafirmada assim que o conselho de transição for estabelecido.
Em meio à violência em Porto Príncipe, os Estados Unidos fretaram um helicóptero para evacuar seus cidadãos para a República Dominicana. A expectativa é de que cerca de quinze americanos sejam transportados a cada dia, em voos que dependerão da situação de segurança e da demanda.
Enquanto os esforços para estabelecer a transição política avançam, a população de Porto Príncipe enfrenta um aumento da violência das gangues, com moradores de áreas como Pétion-Ville erguendo barricadas para se proteger. É fundamental garantir a proteção dos haitianos e evitar um êxodo em massa, ressaltou o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados.
Diante desse cenário de caos e insegurança, os olhos do mundo se voltam para o Haiti, acompanhando de perto os desdobramentos dessas negociações e buscando soluções para restabelecer a paz e a estabilidade no país caribenho.