O comunicado da chancelaria colombiana destaca a importância dos acordos alcançados em Barbados entre o governo de Nicolás Maduro e a oposição, em outubro passado. Esses acordos levaram os Estados Unidos a suspender parcialmente as sanções impostas a Caracas.
Diferentemente de algumas nações, o presidente de esquerda da Colômbia, Gustavo Petro, adotou uma postura mais neutra em relação às eleições na Venezuela, evitando fazer comentários sobre o assunto.
Enquanto isso, a Venezuela tem enfrentado um cenário conturbado, com a inabilitação de María Corina Machado e ações judiciais contra seus aliados. A oposição venezuelana repudiou as prisões arbitrárias e perseguições, classificando-as como uma violação dos acordos de Barbados.
Em Montería, o chanceler colombiano encarregado, Luis Gilberto Murillo, reforçou a importância de realizar eleições com garantias para todos os partidos e candidatos. Ele ressaltou que a Colômbia busca uma solução que atenda aos desafios da sociedade venezuelana, sempre respeitando a soberania do país.
Por outro lado, Gustavo Petro, aliado de Maduro, tem sido criticado por sua postura mais amena em relação à Venezuela. Alguns o acusam de ser cúmplice de uma possível estratégia do chavismo de se manter no poder.
A preocupação da Colômbia com a situação na Venezuela reflete a complexidade da relação entre esses dois países vizinhos, que compartilham uma extensa fronteira e têm laços históricos e culturais bastante profundos. A incerteza sobre o desenrolar dos acontecimentos na Venezuela traz à tona as tensões políticas e sociais que permeiam a região.