O cenário epidemiológico atual revela um contínuo aumento de SRAG em todo o território nacional, com o vírus Sars-CoV-2 respondendo por 86,7% dos casos de óbitos com resultado positivo para vírus respiratório nas últimas quatro semanas epidemiológicas.
Segundo Marcelo Gomes, pesquisador do Programa de Computação Científica da Fiocruz e coordenador do InfoGripe, a incidência da circulação do VSR tem gerado um significativo aumento nas ocorrências de SRAG em crianças pequenas, superando, em alguns casos, a Covid-19. Por outro lado, foi observada uma desaceleração na região Sul e uma reversão da tendência da Covid no Centro-Oeste e Sudeste, o que refletiu na diminuição dos novos casos de SRAG em pessoas com mais de 50 anos.
O estudo também apontou um aumento de SRAG no agregado nacional, tanto nas tendências de longo prazo quanto de curto prazo, indicando uma situação preocupante em grande parte do país. Os dados epidemiológicos revelaram que o vírus Sars-CoV-2 foi responsável por 50,9% dos casos de SRAG com resultado positivo para vírus respiratórios, seguido pela influenza A com 14,7%, VSR com 21,5% e influenza B com 0,4%.
Com base na atualização, 24 estados apresentam indícios de crescimento de SRAG na tendência de longo prazo, destacando a gravidade da situação em diversas regiões do país. A análise dos dados reforça a necessidade de medidas preventivas e de controle para conter o avanço da doença e proteger a população mais vulnerável.
