Os dados também apontam que crianças e adolescentes indígenas são ainda mais prejudicados, com um percentual 11 vezes maior do que o de brancos, chegando a 25%. Além disso, os 15 estados com maiores percentuais de falta de acesso à água estão localizados nas regiões Norte e Nordeste do país.
A situação se agrava quando se observa que 1,2 milhão de estudantes estão matriculados em escolas públicas sem água potável, sendo que 184 mil deles estão em instituições em que o acesso à água é inexistente. O Unicef destaca que esse cenário pode gerar diversos problemas, como o risco de doenças, abandono ou atraso escolar, impactando diretamente no desenvolvimento das crianças e adolescentes.
Para reverter essa realidade, o Unicef recomenda a priorização de investimentos no setor, a ampliação e fortalecimento dos serviços de acesso à água potável, bem como a implementação de programas e políticas específicas para atender as comunidades mais vulneráveis. Além disso, a entidade defende a aprovação do Projeto de Lei 5696/23, que exige o fornecimento de água potável nas instituições de ensino, buscando garantir o acesso a esse recurso fundamental para o desenvolvimento educacional das crianças.
Diante desses dados alarmantes, é fundamental que medidas concretas sejam adotadas para garantir o direito de todas as crianças e adolescentes à água potável, visando a promoção da saúde, educação e igualdade de oportunidades para as futuras gerações.