As restrições ao X começaram em 17 de fevereiro, após um funcionário de alto escalão admitir publicamente ter ajudado a fraudar as eleições de 8 de fevereiro, que foram marcadas por suspeitas de corrupção. O atual governo liderado pelo primeiro-ministro Shehbaz Sharif não esclareceu os motivos das interrupções no uso da rede, levantando especulações de que as medidas buscam silenciar as críticas.
Documentos apresentados a um tribunal na província de Sind por advogados da Autoridade de Telecomunicações do Paquistão atribuem aos serviços de inteligência a decisão de bloquear o X. Segundo o texto, o Ministério do Interior solicitou o bloqueio imediato da plataforma com base em relatórios de inteligência.
O advogado dos ativistas, Abdul Moiz Jaferii, destacou que as autoridades tentaram negar conhecimento sobre o caso, mas a resposta escrita evidencia que há um problema e eles são responsáveis por isso. A PTA não fez comentários sobre o assunto.
Essas medidas de bloqueio de redes sociais levantam preocupações sobre a liberdade de expressão e a democracia no país. Defensores dos direitos digitais temem que o governo esteja usando o bloqueio do X para silenciar vozes críticas e reprimir a oposição.
O caso continua sendo acompanhado de perto por ativistas, advogados e outros interessados, que estão atentos à evolução da situação e como isso afetará a liberdade de expressão e a transparência no país.
