Escorel destacou a importância do Acordo de Barbados, firmado entre representantes do governo e da oposição venezuelana, como uma luz no fim do túnel para a retomada da democracia no país. A expectativa é que as eleições marcadas para o dia 28 de julho transcorram de forma transparente e sem problemas.
A diplomata também enfatizou o trabalho contínuo de diplomacia e diálogo, ressaltando a presença da nova embaixadora brasileira em Caracas, Glivânia Oliveira, que possui ampla experiência na área. No entanto, mesmo com a manutenção desse tom conciliatório, o governo brasileiro permanece em silêncio diante das recentes prisões de assessores da líder opositora María Corina Machado.
A situação na Venezuela é delicada, com vários países exigindo a libertação imediata dos presos e condenando as ações antidemocráticas de Nicolás Maduro. O Brasil, por sua vez, optou por agir com cautela e consultar parceiros internacionais antes de definir uma posição oficial sobre o assunto.
Enquanto Maduro anuncia sua intenção de concorrer à reeleição, a inelegibilidade de María Corina representa um duro golpe para a oposição. A comunidade internacional observa atentamente o desenrolar dos acontecimentos na Venezuela, temendo um retrocesso no processo democrático do país.
A reunião entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o presidente francês Emmanuel Macron na próxima semana será crucial para a definição do posicionamento do Brasil em relação à crise venezuelana. Por enquanto, o governo brasileiro prefere agir com cautela e buscar uma solução diplomática para a situação, reiterando sua confiança no diálogo como meio de resolver conflitos internacionais de forma pacífica.