Repórter Recife – PE – Brasil

Casa Branca pressiona Ucrânia para evitar ataques a refinarias de petróleo na Rússia, temendo impactos no preço do barril

A Casa Branca, em meio a uma série de ataques contra refinarias de petróleo na Rússia por parte da Ucrânia, tem feito pressão sobre o país para que evite esse tipo de ação, segundo informações divulgadas pelo Financial Times nesta sexta-feira. A razão por trás dessa pressão estaria relacionada ao medo de impactos no preço do barril de petróleo, em um momento crucial que antecede as eleições presidenciais nos Estados Unidos.

De acordo com o relatório do Financial Times, autoridades dos EUA teriam alertado membros do serviço de segurança ucraniano e da unidade de inteligência militar sobre a insatisfação do governo Biden com os recentes ataques contra instalações russas, incluindo refinarias e terminais de petróleo. Os ataques, realizados com drones, têm preocupado os americanos, que temem uma redução na capacidade de produção russa e um subsequente aumento nos preços do petróleo.

Apesar das sanções internacionais impostas à Rússia desde o início da invasão à Ucrânia, a produção de petróleo russa tem se mantido estável, em grande parte devido à demanda de países como China e Índia. No entanto, os ataques ucranianos podem alterar essa equação, levando a uma diminuição na disponibilidade de petróleo russo para exportação e um possível aumento nos preços internacionais do barril.

Com o presidente Joe Biden buscando fortalecer sua popularidade antes das eleições, um aumento nos preços dos combustíveis poderia ser catastrófico para suas chances eleitorais. Além disso, existe o temor de que outros países que dependem de oleodutos russos para exportação também possam ser alvo de represálias, o que poderia gerar um cenário ainda mais complexo e imprevisível.

Em meio a essa tensão, a vice-primeira-ministra ucraniana para a Integração Europeia e Euro-Atlântica, Olha Stefanishyna, defendeu os ataques contra refinarias russas como legítimos, enquanto a Casa Branca manifestou sua posição contrária a esse tipo de ação. O impasse entre Ucrânia, Rússia e EUA coloca em cheque a estabilidade do mercado de petróleo e a segurança na região, em um contexto de guerra e incertezas geopolíticas.

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