De acordo com o relatório do Financial Times, autoridades dos EUA teriam alertado membros do serviço de segurança ucraniano e da unidade de inteligência militar sobre a insatisfação do governo Biden com os recentes ataques contra instalações russas, incluindo refinarias e terminais de petróleo. Os ataques, realizados com drones, têm preocupado os americanos, que temem uma redução na capacidade de produção russa e um subsequente aumento nos preços do petróleo.
Apesar das sanções internacionais impostas à Rússia desde o início da invasão à Ucrânia, a produção de petróleo russa tem se mantido estável, em grande parte devido à demanda de países como China e Índia. No entanto, os ataques ucranianos podem alterar essa equação, levando a uma diminuição na disponibilidade de petróleo russo para exportação e um possível aumento nos preços internacionais do barril.
Com o presidente Joe Biden buscando fortalecer sua popularidade antes das eleições, um aumento nos preços dos combustíveis poderia ser catastrófico para suas chances eleitorais. Além disso, existe o temor de que outros países que dependem de oleodutos russos para exportação também possam ser alvo de represálias, o que poderia gerar um cenário ainda mais complexo e imprevisível.
Em meio a essa tensão, a vice-primeira-ministra ucraniana para a Integração Europeia e Euro-Atlântica, Olha Stefanishyna, defendeu os ataques contra refinarias russas como legítimos, enquanto a Casa Branca manifestou sua posição contrária a esse tipo de ação. O impasse entre Ucrânia, Rússia e EUA coloca em cheque a estabilidade do mercado de petróleo e a segurança na região, em um contexto de guerra e incertezas geopolíticas.