A votação na Câmara está agendada para as 11h locais (12h em Brasília), mas ainda não há uma confirmação sobre quando ocorrerá no Senado. A incerteza alimenta temores sobre a possibilidade de uma paralisação do governo federal, conhecida como “shutdown”. Normalmente, os legisladores costumam chegar a um acordo no último minuto, mas desta vez eles já alertaram sobre o risco real de uma paralisação iminente.
O “shutdown” traz uma série de consequências negativas, como a interrupção dos salários de militares e agentes de segurança, o fechamento de escritórios públicos e parques nacionais, além da falta de ajuda alimentar para quem precisa. Se ocorrer, os efeitos da paralisação serão sentidos já na próxima semana.
Os Estados Unidos enfrentam um impasse há meses, sem adotar uma lei orçamentária definitiva que cubra todo o ano fiscal de 2024, que se encerra em 30 de setembro. As disputas entre os democratas do presidente Joe Biden e alguns republicanos que defendem uma ortodoxia rígida têm complicado o cenário.
O projeto de lei do orçamento federal tem 1.012 páginas fruto de negociações difíceis, que incluem medidas diplomáticas. O Congresso tem recorrido a leis secundárias para estender o orçamento por alguns dias ou meses, mas o risco de uma paralisação parcial da administração federal persiste a cada expiração desses mini-orçamentos.
Além disso, o projeto de lei proíbe o financiamento direto dos Estados Unidos à agência da ONU para os refugiados palestinos, a UNRWA, e destina fundos para Taiwan. Há também medidas sobre imigração, incluindo a contratação de dezenas de milhares de agentes para a patrulha de fronteira.
Em resumo, o Congresso enfrenta um desafio crucial que envolve não apenas questões financeiras, mas também diplomáticas e de imigração. A pressão é alta para que os legisladores ajam rapidamente e evitem uma paralisação que traria impactos significativos para a população e para o país como um todo. Resta aguardar para ver como essa corrida contra o tempo será concluída.
