Repórter Recife – PE – Brasil

Eventos extremos estão mais frequentes devido às mudanças climáticas, alerta coordenador do Cemaden diante de previsão de chuvas intensas no Rio.

O coordenador geral de Operações e Modelagem do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), Marcelo Seluchi, demonstrou preocupação em relação ao aumento da frequência de eventos climáticos extremos, que têm se tornado mais frequentes devido às mudanças climáticas. Ele destacou que as chuvas intensas previstas para o estado do Rio de Janeiro nesta sexta-feira (22) e no sábado (23) podem ser consideradas eventos extremos se as previsões se confirmarem.

Seluchi explicou que as mudanças climáticas estão influenciando não apenas a intensidade, mas também a frequência dos eventos extremos. Além disso, apontou que o Oceano Atlântico está mais quente do que o normal, o que pode estar relacionado ao aquecimento global e às mudanças climáticas, que impactam a temperatura da atmosfera e dos oceanos.

Um oceano mais quente tende a evapora mais umidade, o que influencia diretamente no volume de chuva. Seluchi ressaltou que, caso o oceano estivesse em condições normais ou mais frio do que o padrão, a quantidade de chuva seria menor.

O meteorologista Wanderson Luiz Silva, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), acrescentou que o aumento da temperatura global aumenta a quantidade de vapor d’água na atmosfera, desencadeando alterações no ciclo hidrológico. Ele destacou que as mudanças climáticas podem levar a extremos de chuva e seca em diferentes regiões.

Por fim, tanto Seluchi quanto Silva ressaltaram que as mudanças climáticas são análises estatísticas de longo prazo e que, embora ainda não seja possível determinar se as chuvas intensas previstas para o Rio de Janeiro estão diretamente ligadas a essas mudanças, a tendência é que eventos extremos se tornem mais frequentes devido ao cenário atual do clima.

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