No entanto, nem todos estão tão entusiasmados com as medidas de Milei. O Senado argentino votou contra um amplo Decreto de Necessidade e Urgência proposto pelo presidente por 42-25 na semana passada, e espera-se que a Câmara dos Deputados siga o mesmo caminho. A resistência no Congresso pode representar um obstáculo para o Plano A do presidente de reformar a economia do país.
Apesar das críticas, os investidores estão aplaudindo as ações unilaterais de Milei, que incluem a redução de subsídios aos combustíveis e o corte de transferências do governo central para as províncias argentinas. A taxa de câmbio oficial do peso também foi cortada pela metade, o que impulsionou as exportações agrícolas e facilitou os fluxos monetários.
Essas medidas parecem estar surtindo efeito, uma vez que a Argentina registrou um superávit orçamentário primário em janeiro e fevereiro pela primeira vez desde 2011. A inflação também apresentou uma queda significativa durante o mandato de Milei, chegando a 13% ao mês.
Há rumores de que Milei está trabalhando em um Plano político B, que envolveria um acordo com os governadores do país. Além disso, a reforma da Previdência é apontada como uma das reformas estruturais mais importantes para o futuro da Argentina.
Apesar das dificuldades enfrentadas no Congresso e das críticas da oposição, Milei parece manter o apoio da população, que até o momento tem se mostrado relativamente tranquila em relação às reformas propostas. Com a lua de mel ainda presente após 100 dias de governo, o futuro político e econômico da Argentina permanece incerto, mas cheio de desafios e oportunidades.