Seluchi ressaltou que nos últimos anos tem sido observado um aumento na frequência desses eventos extremos, o que pode ser associado às mudanças climáticas. Além disso, ele destacou que o Oceano Atlântico está mais quente do que o normal, o que pode estar relacionado ao aquecimento global. O aquecimento oceânico leva à evaporação de mais umidade, o que pode influenciar no volume de chuva previsto.
O meteorologista e professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Wanderson Luiz Silva, acrescentou que o aumento da temperatura global favorece a evaporação de mais vapor d’água para a atmosfera, o que pode desencadear extremos de chuva em algumas regiões e extremos de seca em outras.
Silva ressaltou que as mudanças climáticas têm o potencial de influenciar a ocorrência de chuvas intensas, porém é necessário realizar análises estatísticas de longo prazo para determinar a relação específica entre um evento climático extremo e as mudanças climáticas. Portanto, as previsões de chuvas intensas para o Rio de Janeiro devem ser acompanhadas com cautela devido à influência crescente das mudanças climáticas no clima global.