O comunicado foi divulgado para marcar o quinto aniversário desde que o EI perdeu a última parte do seu autodeclarado califado. Esse marco histórico foi atingido em 23 de março de 2019, quando os membros das SDF capturaram a aldeia de Baghouz, no leste da Síria, encerrando assim o reinado do grupo extremista que causou devastação em grande parte da região.
Embora os combates tenham cessado, as células adormecidas do EI e seus afiliados na Ásia e na África ainda reivindicam ataques mortais. Isso gera preocupações tanto na Síria quanto no vizinho Iraque, onde os extremistas foram derrotados em 2017. Segundo as SDF, o grupo terrorista continua representando “um grande perigo para as nossas regiões e para o mundo”.
Atualmente, as SDF mantêm cerca de 10 mil combatentes do EI capturados no nordeste da Síria, além de supervisionar cerca de 45 mil parentes de combatentes, principalmente no campo de Al-Hol. A situação no campo é bastante delicada, com relatos de violência e extremismo, como a libertação de uma mulher yazidi que havia sido violentada e forçada a se casar com membros do EI.
As SDF enfatizaram a necessidade de uma solução global para lidar com os detidos do EI, argumentando que as nações de origem desses combatentes devem repatriá-los ou que um tribunal internacional seja estabelecido para julgá-los. Além disso, destacaram a importância de resolver as questões das famílias no campo de Al-Hol, classificando o local como uma “bomba-relógio” devido ao risco de radicalização de crianças e jovens no ambiente afetado pelo terrorismo.
Portanto, fica claro que o combate ao EI não terminou com a derrota militar, sendo crucial encontrar soluções eficazes para garantir a segurança e estabilidade da região e do mundo em geral.