Durante um período de um ano, armadilhas fotográficas foram utilizadas para monitorar a movimentação dos animais nos parques, resultando na documentação da presença dessas espécies, com destaque para a paca, ameaçada de extinção devido à caça. A coautora da pesquisa, Cecilia Bueno, ressaltou a importância dos corredores ecológicos na preservação da fauna em áreas urbanas, contribuindo para minimizar os riscos de extinção.
A professora Cecilia, com ampla experiência na biodiversidade do Rio de Janeiro, enfatizou a necessidade de compreender a fauna presente nos parques urbanos, especialmente no Parque Chico Mendes, onde a pressão antrópica é intensa. Ela defendeu a remoção das comunidades carentes que habitam os parques, visando garantir uma área protegida para os animais e promover a revegetação da restinga.
O estudo também alertou para os desafios enfrentados pelas espécies que circulam entre os parques, como o risco de atropelamentos em vias de alto tráfego, como as avenidas das Américas e Lucio Costa. A pesquisa será apresentada à administração do Parque Chico Mendes, buscando sensibilizar as autoridades sobre a importância da conservação dessas áreas e da implementação de medidas de proteção para a fauna nativa.
No contexto de um ambiente urbanizado, os resultados do estudo reforçam a capacidade dos animais de persistir em condições favoráveis, ressaltando a importância da preservação dos habitats naturais e da criação de corredores ecológicos para garantir a sobrevivência das espécies. A pesquisa representa um passo importante na promoção da conscientização ambiental e na adoção de medidas de conservação para proteger a biodiversidade local.