Segundo informações apuradas pelas autoridades, o crime que vitimou Marielle Franco pode ter ligação com os interesses de expansão das milícias no Rio de Janeiro. A organização destaca que a impunidade e a ineficiência das autoridades estatais em combater os desvios de suas estruturas contribuem para o surgimento e crescimento de grupos paramilitares como as milícias.
A operação denominada “Murder Inc.” resultou na prisão de três suspeitos de serem os mandantes do assassinato de Marielle Franco: Domingos Brazão, atual conselheiro do Tribunal de Contas do Rio; Chiquinho Brazão, deputado federal do Rio; e Rivaldo Barbosa, ex-chefe da Polícia Civil do Rio. Os mandados foram expedidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e executados na cidade do Rio de Janeiro.
A Anistia Internacional enfatiza que o Estado tem o dever de prevenir violações de direitos, investigar diligentemente, responsabilizar por violações e reparar as vítimas, conforme estabelecido pela Corte Interamericana de Direitos Humanos. A organização critica a demora de seis anos para elucidar o crime e destaca a importância de responsabilizar todos os envolvidos, inclusive agentes públicos, por suas ações.
Por fim, a Anistia Internacional renova sua cobrança por justiça e insta as autoridades brasileiras a garantir que todos os responsáveis pelo planejamento e execução do crime, assim como eventuais obstrutores das investigações, sejam levados à justiça. O legado de Marielle Franco só poderá florescer em um Brasil onde os defensores dos direitos humanos possam atuar com segurança e liberdade.