Este atentado é considerado o mais mortal ataque terrorista na Rússia em duas décadas e questiona a imagem de Putin como um líder forte em questões de segurança nacional. O presidente demorou mais de 19 horas para se pronunciar sobre o ocorrido, e quando o fez, desviou o foco dos possíveis vínculos com o Estado Islâmico e atribuiu a culpa à Ucrânia, sugerindo que os agressores agiram de forma semelhante aos nazistas.
A reação tardia e a tentativa de desviar a atenção para um inimigo externo levantam questionamentos sobre a capacidade de Putin de lidar com ameaças internas e externas. O fato de o presidente ter ignorado um alerta dos EUA sobre um possível ataque terrorista aumenta o ceticismo em relação à sua gestão. Alguns críticos afirmam que a postura de Putin em relação a esses alertas demonstra uma falta de preocupação com a segurança real do país.
O Kremlin tentou desacreditar as informações que ligavam o ataque ao Estado Islâmico, sugerindo que a Ucrânia estaria por trás do atentado. No entanto, as reações dos críticos e da população russa indicam que o povo está atento às estratégias de manipulação de informação do governo.
Em meio a essa crise, Putin busca manter sua imagem de líder forte e decidido, mas a gravidade do ataque terrorista coloca em xeque sua capacidade de proteger os cidadãos russos. As consequências políticas desse episódio ainda são incertas, mas é certo que a confiança na liderança do presidente russo foi abalada, e as próximas decisões e declarações dele serão cruciais para sua permanência no poder.