No depoimento prestado ao Ministério Público do Rio de Janeiro, que ocorreu na Penitenciária Federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte, Curicica levantou a questão sobre a disposição das promotoras em prender Rivaldo Barbosa, afirmando que se começassem a investigar a fundo o caso de Marielle, o delegado seria preso.
Outro ponto abordado pelo miliciano foi a corrupção supostamente existente na gestão de Rivaldo Barbosa, relatando que havia uma “corrupção monstruosa” envolvendo crimes ligados à máfia do jogo do bicho. Curicica destacou a falta de inquéritos relacionados à contravenção nos trabalhos conduzidos pelo delegado.
No último domingo, Barbosa foi preso em uma operação conjunta do Ministério Público Estadual do Rio de Janeiro, da Força-Tarefa do Grupo de Atuação Especializada de Combate ao Crime Organizado para o caso Marielle Franco e Anderson Gomes, da Polícia Federal e da Procuradoria-Geral da República. Ele foi detido sob suspeita de obstruir a investigação dos assassinatos de Marielle e Anderson Gomes. Além dele, também foram presos os supostos mandantes do crime: o deputado federal Chiquinho Brazão e o conselheiro do Tribunal de Contas do Estado Domingos Brazão.
Os três detidos serão transferidos para presídios em Brasília, onde aguardarão as próximas etapas do processo. A prisão de Rivaldo Barbosa e dos outros envolvidos no caso Marielle representa um passo importante no esclarecimento desse crime que chocou o país e mobilizou as autoridades públicas em busca de justiça.