Prisões de mandantes de Marielle Franco representam avanço, mas não garantem justiça, alerta Anistia Internacional

A prisão de ex-agentes de segurança pública e agentes públicos suspeitos de envolvimento no assassinato da vereadora Marielle Franco gerou grande repercussão. Segundo a Anistia Internacional Brasil, que acompanha o caso desde o início, as prisões realizadas no último domingo representam um avanço, mas ainda não significam justiça plena.

As investigações indicam que o crime pode ter ligação com interesses de expansão das milícias no Rio de Janeiro. A organização ressalta que a impunidade e a ineficácia das autoridades em combater desvios em suas estruturas contribuem para o surgimento e crescimento de grupos paramilitares. A operação “Murder Inc.” resultou na prisão de três suspeitos de serem os mandantes do assassinato, incluindo Domingos Brazão, conselheiro do Tribunal de Contas do Rio, Chiquinho Brazão, deputado federal, e Rivaldo Barbosa, ex-chefe da Polícia Civil.

A Anistia Internacional destaca a responsabilidade do Estado na prevenção e investigação de violações de direitos humanos, lembrando que a demora de seis anos para esclarecer o crime é inaceitável. A organização enfatiza a importância de responsabilizar todos os envolvidos no planejamento e execução do assassinato, assim como aqueles que tentaram obstruir as investigações.

A Anistia Internacional reforça a necessidade de justiça e insta as autoridades brasileiras a garantir que todos os responsáveis sejam levados à justiça em julgamentos justos, de acordo com padrões internacionais. A organização destaca que o legado de Marielle só poderá ser honrado se o Brasil se tornar um espaço seguro para defensores dos direitos humanos.

Em resumo, as prisões dos suspeitos no caso Marielle Franco foram um passo importante, mas ainda é necessário que todos os responsáveis sejam devidamente responsabilizados perante a justiça para que haja verdadeira justiça e respeito aos direitos humanos. A Anistia Internacional reforça seu compromisso em acompanhar o desenrolar do caso e pressionar as autoridades por respostas efetivas.

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo