De acordo com informações recentes, entre quinta-feira (21) e sábado (23), foram registrados 113 deslizamentos na cidade do Rio de Janeiro. Já em Teresópolis, município vizinho, foram feitas 15 notificações em apenas dois dias consecutivos. O acumulado de chuvas em Petrópolis atingiu a marca de 307,6 milímetros em 24 horas, equivalente a 307,6 litros de chuva por metro quadrado na região.
Especialistas consultados pela Agência Brasil explicaram detalhadamente os impactos das fortes chuvas no solo e os riscos de desastres. O professor Marcos Barreto de Mendonça, especialista em geotecnia da UFRJ, destacou que os deslizamentos são processos naturais, porém o problema surge quando a população se expõe a esses perigos.
Ele explicou que durante as chuvas, a pressão no solo aumenta devido à infiltração da água, podendo causar o deslizamento do terreno. Mendonça ressaltou que a falta de infraestrutura nas áreas mais pobres, como favelas, contribui para a vulnerabilidade da população diante desses eventos climáticos extremos.
O mapeamento das áreas mais suscetíveis a deslizamentos inclui regiões montanhosas, como a região serrana do Rio de Janeiro e morros na capital fluminense e em municípios vizinhos. A falta de políticas públicas de habitação e infraestrutura adequada ampliam os riscos para a população mais vulnerável, aumentando a pressão sobre os moradores.
Diante desse cenário, tanto a prefeitura do Rio de Janeiro quanto o governo do estado afirmaram estar investindo em ações preventivas e mitigação de riscos, visando garantir a segurança da população. O Plano de Contingência para as Chuvas do verão de 2023/2024 prevê investimentos significativos em infraestrutura e tecnologia para lidar com situações de emergência causadas por desastres naturais.
Nesse contexto, a atuação conjunta entre os órgãos governamentais e a conscientização da população sobre os riscos de deslizamentos e desmoronamentos se tornam fundamentais para a redução de danos em situações de temporais na região.