Abstenção dos EUA na ONU prejudica ofensiva de Israel contra o Hamas e esforços para libertar reféns: Netanyahu alerta para consequências.

O governo israelense expressou sua insatisfação com a abstenção dos Estados Unidos em uma votação do Conselho de Segurança da ONU que pedia um “cessar-fogo” em Gaza. Essa decisão dos Estados Unidos foi vista como prejudicial para a ofensiva contra o Hamas e para os esforços de libertação de reféns em Israel.

Após mais de cinco meses de conflito, a ONU adotou sua primeira resolução pedindo um “cessar-fogo imediato” em Gaza, que foi bloqueada repetidamente pelos Estados Unidos, mas que desta vez contou com sua abstenção. O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, afirmou que essa abstenção dá esperanças ao Hamas de obter um cessar-fogo sem a necessidade de libertar os reféns de Israel.

Em consequência dessa decisão, Israel cancelou uma viagem de delegação aos Estados Unidos para discutir planos de ofensiva contra o Rafah, no sul de Gaza, onde há concentração de refugiados palestinos. Netanyahu deixou claro que só enviaria a delegação caso os Estados Unidos mudassem sua posição.

O presidente americano, Joe Biden, pediu a Netanyahu que enviasse uma equipe para debater os planos de invasão em Rafah, já que os EUA se opõem a essa incursão. No entanto, os EUA negaram que a abstenção represente uma mudança em sua política e manifestaram decepção com o cancelamento da visita da delegação israelense.

A comunidade internacional teme que uma ofensiva em Rafah aumente o número de civis mortos e agrave a crise humanitária em Gaza, que já sofre as consequências do conflito. Até o momento, a guerra entre Israel e o Hamas já resultou em muitas vítimas, a maioria delas civis.

Enquanto isso, o Hamas celebrou a aprovação da resolução do Conselho de Segurança e reafirmou sua disposição de trocar reféns por presos palestinos. A situação continua tensa na região, com desdobramentos políticos e humanitários que preocupam a comunidade internacional.

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