A ordem de prisão preventiva dos suspeitos foi determinada por Alexandre de Moraes no último domingo, e agora falta apenas o voto de Luiz Fux para que a decisão seja finalizada. A análise da prisão está sendo feita de forma virtual, sem deliberação presencial, em um prazo de 24 horas que se encerrará às 23h59 desta segunda-feira.
Flávio Dino destacou em seu voto que as prisões preventivas são fundamentais diante do “ecossistema criminoso” que teria sido montado dentro do Poder Público para encobrir a autoria do crime. Os suspeitos, os irmãos Domingos e Chiquinho Brazão, e o delegado da Polícia Civil Rivaldo Barbosa, foram detidos durante a Operação Murder Inc e levados para Brasília pela Polícia Federal.
Chiquinho Brazão, que é deputado federal, terá sua prisão apreciada pelo plenário da Câmara dos Deputados, conforme previsto pela Constituição Federal. A principal motivação do crime envolve a disputa pela regularização de territórios no Rio de Janeiro, de acordo com relatório da Polícia Federal. O ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, afirmou que as investigações policiais levaram ao esclarecimento completo dos mandantes, executores e intermediários do crime.
Marielle Franco e Anderson Gomes foram assassinados a tiros em um cruzamento no Rio de Janeiro, em março de 2018, enquanto se deslocavam de carro após uma agenda de trabalho. A prisão dos suspeitos representa um avanço na investigação e na busca por justiça para os familiares e amigos das vítimas.