Polícia Federal investigará hospedagem de Bolsonaro na Embaixada da Hungria em Brasília após Operação Tempus Veritatis.

A Polícia Federal está investigando a estadia do ex-presidente Jair Bolsonaro na Embaixada da Hungria em Brasília, entre os dias 12 e 14 de fevereiro. A hospedagem ocorreu logo após a deflagração da Operação Tempus Veritatis, que apura uma suposta organização criminosa envolvida em uma tentativa de golpe de Estado no Brasil. Fontes da PF confirmaram que será verificado se Bolsonaro violou alguma das restrições impostas pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

Segundo reportagens do jornal norte-americano The New York Times, Bolsonaro teria buscado refúgio na embaixada para evitar possíveis prisões devido às investigações criminais em andamento. Imagens das câmeras de segurança do local mostram que o ex-presidente passou dois dias na embaixada, acompanhado por seguranças e funcionários diplomáticos, incluindo o embaixador Miklós Halmai.

A defesa de Bolsonaro afirmou que a estadia na embaixada foi para manter contatos com autoridades do país amigo, a Hungria. A nota dos advogados também destacou o bom relacionamento do ex-presidente com o premier húngaro. Bolsonaro, durante um evento em São Paulo, mencionou que costuma frequentar embaixadas e conversar com chefes de Estado.

O passaporte de Bolsonaro foi apreendido pela Polícia Federal durante a Operação Tempus Veritatis, por ordem do ministro Alexandre de Moraes do STF. A operação foi deflagrada após um acordo de colaboração premiada do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro.

O ministro da Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República, Alexandre Padilha, comentou a hospedagem de Bolsonaro na embaixada, afirmando que o ex-presidente demonstrou ser um “fugitivo confesso”. Padilha ressaltou a importância da autonomia da Polícia Federal para investigar eventuais irregularidades no caso.

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