A situação curiosa veio à tona durante a exibição de um episódio da série de jardinagem do apresentador na televisão estatal norte-coreana. Enquanto Titchmarsh aparecia no programa, suas calças jeans foram misteriosamente borradas da cintura para baixo, em uma clara tentativa de ocultar o uso desse tipo de vestimenta, considerada um símbolo do imperialismo dos EUA.
Embora seja uma figura bem aceita pelo público norte-coreano, a censura do guarda-roupa de Titchmarsh reflete uma campanha mais ampla do regime contra a influência da cultura ocidental. Desde os anos 1990, o país impõe restrições rígidas quanto a roupas consideradas como representantes desse sistema. A proibição de jeans, segundo as autoridades norte-coreanas, busca proteger os cidadãos de uma suposta influência “maligna” dos valores e costumes do mundo ocidental.
Apesar do esforço dos censores para esconder o incômodo com as calças jeans de Alan Titchmarsh, a popularidade do apresentador na Coreia do Norte segue crescendo. A natureza tranquila e pacífica dos programas de jardinagem britânica tem sido bem recebida pelos telespectadores locais, mesmo que os comentários do apresentador sejam editados e dublados por narradores norte-coreanos.
Em meio a uma série de restrições e censuras, a presença de Alan Titchmarsh na televisão norte-coreana destaca a complexidade das relações entre culturas e a influência das redes de comunicação em contextos políticos extremamente sensíveis. A saga dos jeans do apresentador britânico na Coreia do Norte serve como um exemplo simbólico dos desafios e das peculiaridades desse intercâmbio cultural inesperado.