Aumento de casos de incontinência urinária preocupa urologistas em São Paulo, inclusive entre mulheres jovens, alerta Sociedade Brasileira de Urologia.

Recentemente, urologistas do Hospital do Servidor Público Estadual (HSPE) de São Paulo chamaram a atenção para um aumento preocupante de casos de incontinência urinária entre mulheres jovens. Esse problema, que já é altamente prevalente entre as mulheres mais velhas, com estimativas que chegam a 45% das acima de 40 anos, de acordo com a Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), agora também preocupa os especialistas devido à sua crescente incidência em mulheres mais jovens.

A incontinência urinária é caracterizada por qualquer perda involuntária de urina, podendo ser de urgência, quando a pessoa não consegue chegar a tempo ao banheiro, ou de esforço, que ocorre em momentos como durante uma atividade física, tosse ou riso. As causas desse problema podem estar relacionadas ao fato de que a uretra, o tubo que transporta a urina da bexiga para fora do corpo, é mais curta nas mulheres, e a musculatura que contrai essa região é mais frágil, tornando-as mais suscetíveis à incontinência.

Os urologistas do HSPE destacam que o aumento observado nas queixas entre mulheres jovens provavelmente está relacionado a fatores de estilo de vida, como passar longos períodos sentadas durante o dia segurando a urina. Eles ressaltam a importância de fazer pausas para ir ao banheiro a cada 3 ou 4 horas, o que também ajuda a prevenir infecções urinárias.

Além disso, destacam que o tabagismo, o consumo de álcool, a obesidade, a má alimentação e o sedentarismo são fatores que contribuem para o problema. A médica urologista do HSPE, Lorella Auricchio, destaca a importância de não ignorar a incontinência urinária e procurar ajuda médica se a perda de urina for recorrente. Ela ressalta que a mudança nos hábitos e a fisioterapia específica para fortalecer o assoalho pélvico podem ajudar, mas em casos mais graves pode ser necessário recorrer à cirurgia para tratamento definitivo.

Portanto, é fundamental que as mulheres estejam atentas aos sinais de incontinência urinária, busquem orientação médica e adotem práticas saudáveis para prevenir e tratar esse problema, visando melhorar sua qualidade de vida e bem-estar.

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