O voto de Mattos é baseado nos requisitos constitucionais do flagrante e inafiançabilidade, além de estar devidamente fundamentado. Ele se posicionou a favor da decisão proferida pelo ministro Alexandre de Moraes, referendada pela 2ª Turma do Supremo Tribunal Federal. Após a leitura do voto, os membros do colegiado votam de acordo com a recomendação do relator.
Posteriormente, o parecer é encaminhado diretamente ao plenário da Câmara para decisão da maioria dos membros sobre a manutenção da prisão. A expectativa é que o plenário analise o caso até quarta-feira, em uma sessão convocada pelo presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL).
No domingo, além de Chiquinho Brazão, foram presos o conselheiro do Tribunal de Contas do Estado Domingos Brazão e o delegado Rivaldo Barbosa, apontados como mandantes e cúmplice do assassinato de Marielle Franco e Anderson Gomes.
A Câmara dos Deputados realizou uma sessão solene em memória à vereadora Marielle Franco e ao motorista Anderson Gomes, com cobranças por justiça e esclarecimentos sobre o crime. A jornalista Fernanda Chaves, única sobrevivente do atentado, compareceu à sessão, que teve início com o pronunciamento da deputada Maria do Rosário (PT-RS).
Durante a sessão solene, a deputada Talíria Petrone (PSOL-RJ) destacou o trabalho da Polícia Federal para a prisão dos mandantes do crime e pediu a cassação de Chiquinho Brazão. Agatha Arnaus, viúva de Anderson Gomes, exigiu mudanças nos ritos das investigações e justiça eficiente.
O ministro dos Direitos Humanos, Silvio de Almeida, afirmou que a morte de Marielle representa uma perda para o Brasil e ressaltou a necessidade de enfrentar os criminosos envolvidos no caso. A sessão foi marcada por discursos emocionados, cobranças por justiça e pela verdade sobre o crime que chocou a sociedade brasileira.