China rejeita acusações de ciberataques e protesta contra Estados Unidos, Reino Unido e Nova Zelândia

China nega acusações de ciberataques feitas por Estados Unidos, Reino Unido e Nova Zelândia

Nesta terça-feira (26), a China rejeitou veementemente as acusações feitas pelos Estados Unidos, Reino Unido e Nova Zelândia de que seria responsável por ciberataques contra suas instituições públicas. Em uma resposta enérgica, o governo chinês protestou contra as acusações.

Os três países denunciaram uma série de ataques cibernéticos ao longo da última década, apontando o dedo para a China como culpada. Porém, o governo chinês defendeu-se, destacando que se opõe e combate todas as formas de ciberataque. Pequim também acusou os Estados Unidos de usar a aliança da inteligência Five Eyes para disseminar informações falsas sobre ameaças de hackers chineses.

A Aliança Five Eyes é formada por Austrália, Canadá, Estados Unidos, Nova Zelândia e Reino Unido em uma rede de compartilhamento de inteligência. O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Lin Jian, afirmou que o país se opõe veementemente aos ciberataques e exigiu explicações rígidas dos Estados Unidos e outras partes envolvidas.

A denúncia feita por Washington detalhou uma “prolífica operação global de hacking” conduzida pela China por 14 anos, visando objetivos de inteligência estrangeira e espionagem econômica. A vice-procuradora-geral Lisa Monaco revelou que a campanha envolveu o envio de mais de 10.000 e-mails para empresas nos EUA e no exterior, políticos, candidatos a cargos públicos e jornalistas.

Essa ação foi atribuída à unidade APT31, que teria ligações com o Ministério de Segurança do Estado chinês em Wuhan. Sete hackers foram acusados pelos supostos ataques.

No Reino Unido, houve relatos de violações de contas de parlamentares britânicos entre 2021 e 2022, atribuídas ao grupo APT31. O vice-primeiro-ministro Oliver Dowden acusou uma entidade ligada à China e afirmou que medidas foram tomadas para evitar impactos nas eleições gerais.

Além disso, a Nova Zelândia também reportou violações em seu gabinete parlamentar, atribuídas ao grupo APT40. O ministro das Relações Exteriores, Winston Peters, instruiu os diplomatas a expressarem preocupações ao embaixador chinês.

Condenando as ações, o governo britânico afirmou que não tolerará atividades ameaçadoras e que continuará tomando medidas fortes junto a parceiros internacionais para responder a esses ataques. A China, por sua vez, acusou os Estados Unidos de realizar uma campanha de hacking contra o país.

Em meio a essas acusações e tensões, a cibersegurança se torna uma questão cada vez mais relevante no cenário global, com governos se posicionando e tomando medidas para proteger suas instituições. A disputa por informações e o uso da tecnologia para espionagem econômica são desafios que exigem respostas eficazes das nações envolvidas.

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