Com 71 anos de idade, Rosales já concorreu à presidência em 2006 contra o falecido ex-presidente Hugo Chávez. Apesar de ter sido derrotado naquela ocasião, ele agora se apresenta como uma alternativa mais “viável” para o governo, que busca a continuidade após um extenso período no poder.
A escolha de Rosales gerou controvérsias dentro da oposição, especialmente entre os apoiadores de María Corina Machado, que era a favorita nas pesquisas, mas foi desqualificada de concorrer devido a restrições legais. A Plataforma Unitária, que tinha sua própria cédula de votação, não conseguiu registrar a candidatura de seu plano B, Corina Yoris, e até o momento nem Machado nem a Plataforma manifestaram apoio ao veterano político.
Rosales é uma figura proeminente no estado de Zulia, uma região rica em petróleo e historicamente ligada à oposição. Ele retornou ao cargo de governador em 2021, após um período de exílio no Peru, onde enfrentou acusações de corrupção. Sua liderança se manteve influente ao longo dos anos, inclusive durante os meses mais recentes, nos quais manteve contatos com Maduro.
A escolha de Rosales como candidato presidencial representa um movimento pragmático da oposição, que busca unir forças para enfrentar o governo atual. Resta agora aguardar o desenrolar da campanha e as movimentações políticas que antecedem as eleições, que prometem ser acirradas e determinantes para o futuro do país.