O primeiro-ministro, Ariel Henry, que assumiu o cargo sem passar pelo voto popular, concordou em transferir o comando do país para um conselho presidencial de transição composto pelas principais forças políticas, setor privado, sociedade civil e comunidade religiosa. No entanto, esse grupo ainda não foi formado. A escolha do líder do conselho, que deveria ter acontecido na noite passada, foi adiada indefinidamente, após representantes do grupo desistirem, segundo informações de um membro à AFP.
Em uma carta aos colegas, Leslie Voltaire, representante do partido Fanmi Lavalas, destacou a necessidade de um acordo político entre os diferentes setores para que a escolha do presidente seja possível. A composição do conselho presidencial estava praticamente fechada, mas um dos observadores sem direito a voto exigiu o direito de participar da eleição.
Enquanto isso, a população haitiana enfrenta uma grave crise de insegurança, com relatos de tiroteios, saques e incêndios em estabelecimentos comerciais e residências. A violência dos grupos criminosos tem afetado diretamente a vida das crianças, com casos suspeitos de cólera em abrigos para pessoas deslocadas.
O país aguarda a intervenção de uma força internacional liderada por policiais quenianos, prometida pela ONU, para restabelecer a segurança no Haiti. Enquanto isso, o presidente Joe Biden anunciou um apoio financeiro de até 10 milhões de dólares para as forças de segurança haitianas.
Diante desse cenário caótico, a comunidade internacional precisa se mobilizar para ajudar o Haiti a sair dessa crise política e de segurança. A população haitiana não pode continuar enfrentando essa situação de instabilidade, insegurança e violência.