Mackenzie, antes taxista, autoproclamou-se pastor e defendia o jejum até a morte como forma de “encontrar Jesus” antes do fim do mundo, que ele acreditava que aconteceria em agosto de 2023. No entanto, as autoridades descobriram que a maioria das vítimas morreu de fome, enquanto algumas foram vítimas de estrangulamento, espancamento ou asfixia, incluindo crianças.
Após a descoberta dos corpos, Mackenzie foi preso em 14 de abril e aguarda julgamento. As famílias das vítimas tiveram que esperar quase um ano para poder enterrar seus entes queridos, devido a atrasos no processo de identificação dos corpos e questões relacionadas ao perfil de DNA.
Além dos corpos encontrados, foram identificadas pelo menos mais 35 valas comuns na região, e novas exumações estão previstas para acontecer em breve. O governo anunciou que a floresta de Shakahola se tornará um “local de memória” em homenagem às vítimas e para garantir que a tragédia não seja esquecida pelos quenianos e pelo mundo.
A Comissão Nacional dos Direitos Humanos do Quênia criticou a lentidão do processo de identificação dos corpos e pediu agilidade para que as famílias pudessem ter um fim digno para seus entes queridos. O caso chocante da seita evangélica no Quênia levantou questões sobre a influência de líderes religiosos extremistas e a vulnerabilidade de seguidores em situações como essa.