Banco Central divulga Relatório de Gestão das Reservas Internacionais de 2023 destacando variáveis de gerenciamento ao longo do ano.

O Banco Central divulgou nesta quarta-feira, 27, o Relatório de Gestão das Reservas Internacionais de 2023, revelando aspectos relevantes sobre o gerenciamento desses recursos ao longo do ano passado. De acordo com o documento, o resultado obtido com o investimento das reservas internacionais gerenciadas internamente em 2023 foi positivo, alcançando uma marca de 5,11%. Dessa porcentagem, 4,67% foram provenientes da marcação a mercado com juros e outros fatores, enquanto 0,44% decorreu das variações de paridades de moedas.

O saldo das reservas internacionais do Brasil em 31 de dezembro de 2023 estava em US$ 355,03 bilhões, um valor superior ao registrado no final de 2022. Segundo o relatório, o retorno dos investimentos das reservas internacionais é influenciado por diversos fatores, como os níveis de juros e as paridades das moedas de investimento em relação ao dólar.

Ao longo de 2023, foram observados movimentos significativos na curva de juros soberanos nos Estados Unidos, impactando o desempenho das reservas internacionais do Brasil. O relatório ressalta que os altos níveis de juros ao longo do ano resultaram em ganhos consideráveis, sendo o carregamento responsável pela parte mais significativa do retorno positivo. Além disso, a pequena depreciação do dólar americano em relação a outras moedas também contribuiu para o resultado positivo, ainda que em menor escala se comparada aos juros.

Quanto à composição das reservas internacionais, o Banco Central destaca que a diversificação da carteira tem o intuito de reduzir a exposição do país ao risco cambial. Em dezembro de 2023, a alocação por moedas das reservas estava distribuída da seguinte maneira: 79,99% em dólar norte-americano, 5,24% em euro, 4,80% em renminbi, entre outras divisas.

Destaca-se que o ouro adquirido para compor as reservas é fruto de negociações realizadas exclusivamente no exterior, sendo enfatizado que o Banco Central não adquire ouro no mercado interno para essa finalidade. Esses dados revelam a importância do gerenciamento adequado das reservas internacionais para a economia do país e para a manutenção da estabilidade financeira.

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