Repórter Recife – PE – Brasil

Maduro classifica partido de líder opositora como “terrorista” e acusa tentativa de homicídio em meio a eleições na Venezuela.

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, fez declarações polêmicas nesta terça-feira ao classificar o partido Vem Venezuela, liderado por María Corina Machado, como “terrorista”. A líder da oposição, favorita nas pesquisas para as eleições marcadas para o próximo dia 28 de julho, foi impedida de concorrer, juntamente com a professora universitária Corina Yoris, que iria substituir sua candidatura.

Durante uma transmissão na televisão estatal, Maduro afirmou que estão tentando atentar contra sua vida e se referiu ao partido Vem Venezuela como “Vem Terrorista”. Ele também mencionou a captura de dois homens armados que teriam planos de assassiná-lo durante o evento de inscrição de sua candidatura em Caracas. Os suspeitos, segundo o procurador-geral da Venezuela, seriam apoiadores do partido de María Corina e enfrentarão acusações de tentativa de homicídio contra o presidente.

Diante das acusações do governo venezuelano, o partido da oposição negou os fatos e afirmou que se tratava de uma perseguição infundada. A sigla destacou que a ação visava justificar mais perseguições e detenções daqueles que buscam mudanças democráticas para o país.

Além disso, sete membros da equipe de campanha de María Corina foram detidos nos últimos dias, com ordens de prisão contra outros sete. A tensão crescente entre a Venezuela e outros países, como a Argentina, também foi evidenciada. O governo argentino denunciou um corte no fornecimento de energia à embaixada do país em Caracas, onde estão abrigados opositores do governo venezuelano.

Esses acontecimentos recentes ampliam a tensão política no país, com acusações mútuas entre o governo e a oposição. A decisão de inabilitar María Corina para disputar eleições por 15 anos, violando acordos internacionais, também é um ponto de conflito que pode agravar ainda mais a instabilidade na Venezuela.

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