Opositores de Maduro agradecem governo argentino por abrigo na embaixada, enquanto tensão entre Argentina e Venezuela aumenta

Seis opositores do governo de Nicolás Maduro foram abrigados desde segunda-feira na embaixada da Argentina em Caracas e agradeceram publicamente nesta quarta-feira a gestão de Javier Milei por tê-los recebido. Os refugiados foram impedidos de participar das eleições do próximo dia 28 de julho, nas quais Maduro busca sua reeleição. Pedro Urruchurtu Noselli, um dos refugiados, expressou sua gratidão ao governo argentino e suas instituições por sua proteção e solidariedade democrática.

De acordo com a imprensa argentina, os dirigentes oposicionistas Magallí Meda, Claudia Macero, Humberto Villalobos, Pedro Urruchurtu e Omar González estão na representação diplomática argentina, com ordens de prisão contra eles por “ações violentas”, “terrorismo” e “desestabilização” do país. O corte no fornecimento de energia à embaixada na terça-feira, sem qualquer aviso prévio ou explicação, gerou tensões crescentes entre a Venezuela e o governo argentino. O governo de Milei alertou a Venezuela contra ações que ponham em perigo a segurança do pessoal diplomático argentino e dos cidadãos venezuelanos sob proteção na embaixada.

Enquanto o governo argentino busca uma solução rápida para a situação dos asilados, Maduro classificou o partido Vem Venezuela, da líder da oposição, María Corina Machado, como “terrorista”. Ele acusou a oposição de planejar assassiná-lo e afirmou que dois homens armados foram detidos durante o evento de inscrição de sua candidatura.

O governo argentino continua acompanhando de perto a situação dos refugiados e negocia um salvo-conduto para que possam chegar ao país o mais rápido possível. Enquanto isso, a chanceler argentina Diana Mondino reafirmou o apoio da Argentina àqueles que buscam viver em liberdade. A tensão política na Venezuela permanece alta, com acusações de terrorismo contra a oposição e pedidos por eleições democráticas e limpas. A situação dos refugiados na embaixada argentina em Caracas continua sendo acompanhada pela comunidade internacional.

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