Venezuelanos ao redor do mundo denunciam obstáculos nos consulados para votar nas eleições presidenciais: Maduro em foco.

Venezuelanos ao redor do mundo estão enfrentando dificuldades para se registrar e votar nas eleições presidenciais que ocorrerão em breve. De protestos em Buenos Aires a greve de fome em Madri, os cidadãos venezuelanos lutam contra obstáculos impostos pelos seus consulados.

Em diversos países, manifestantes alegam que os consulados não estão fornecendo as máquinas necessárias para tomar as impressões digitais dos eleitores, ou simplesmente os ignoram. Essas ações estão sendo denunciadas por eleitores e ativistas, que acreditam estar sendo impedidos de exercer seu direito democrático.

A ONG Transparência Eleitoral, que monitora os processos de votação na América Latina, aponta que esses obstáculos são sistemáticos e decorrem da falta de diretrizes por parte do Conselho Nacional Eleitoral venezuelano. As autoridades do país justificam os atrasos no envio das máquinas com as sanções internacionais que enfrentam.

Segundo a ONU, cerca de oito milhões de venezuelanos migraram para fora do país desde 2014, devido à crise sem precedentes que assola a Venezuela. Com a economia em colapso, hiperinflação e escassez de alimentos e medicamentos, a rejeição ao governo de Nicolás Maduro é ampla entre os exilados.

Aproximadamente 5,2 milhões de venezuelanos no exterior precisam atualizar seu registro ou se inscrever pela primeira vez para votar nas eleições. No entanto, o censo eleitoral não foi atualizado desde 2018 e tem apenas 107.000 venezuelanos registrados, sendo que muitos não poderão votar devido ao fechamento de consulados, como nos Estados Unidos.

Diante dessas dificuldades, alguns venezuelanos recorreram a greves de fome e manifestações para pressionar por seus direitos. O cenário eleitoral se mostra turbulento, com acusações de manobras políticas e interferências que ameaçam a participação democrática dos cidadãos venezuelanos ao redor do mundo.

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