Cúpula virtual mundial alerta para o aumento do calor extremo e pede ação urgente de governos e filantropos.

Na tarde desta quinta-feira (28), duas das maiores organizações humanitárias do mundo, a Federação Internacional de Sociedades da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho (FICV) e a Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID), realizaram uma cúpula virtual para discutir e alertar sobre os perigos do calor extremo que se aproxima com a chegada do verão no hemisfério norte.

O ano de 2023 foi marcado como o mais quente já registrado, e as mudanças climáticas têm contribuído significativamente para o aumento das temperaturas globais. Este fenômeno afeta de forma mais intensa as populações mais vulneráveis, incluindo idosos, trabalhadores ao ar livre e pessoas sem acesso a sistemas de climatização.

Durante a cúpula, os representantes das organizações destacaram a preocupação de que o calor extremo possa levar à morte, mas muitas vezes não recebe a mesma atenção que fenômenos como furacões ou inundações. Nesse sentido, pediram aos governos, empresas, filantropos e demais líderes que se mobilizem e adotem medidas concretas em escala global para lidar com essa questão urgente.

Jagan Chapagain, secretário-geral da FICV, ressaltou a importância de iniciar uma “primavera mundial de ação sobre o calor extremo” para sensibilizar e gerar compromissos. Samantha Power, administradora do USAID, fez um apelo para que agências de desenvolvimento e doadores reconheçam a ameaça que o calor extremo representa e destinem recursos para ajudar as comunidades a lidar com essa condição.

A USAID anunciou a construção de 30 escolas na Jordânia, projetadas para suportar o calor, com bom isolamento e ar condicionado. Além disso, lançou um mapa interativo indicando as áreas mais expostas ao calor extremo. Durante o evento, John Podesta, emissário do presidente dos Estados Unidos para assuntos climáticos, alertou que mais informações sobre ondas de calor podem salvar vidas e enfatizou que o calor extremo tem causado mais mortes do que qualquer outro perigo climático.

Como a chegada do verão se aproxima, a conscientização e ações efetivas para lidar com o calor extremo tornam-se cada vez mais urgentes e necessárias.

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