O ano de 2023 foi marcado como o mais quente já registrado, e as mudanças climáticas têm contribuído significativamente para o aumento das temperaturas globais. Este fenômeno afeta de forma mais intensa as populações mais vulneráveis, incluindo idosos, trabalhadores ao ar livre e pessoas sem acesso a sistemas de climatização.
Durante a cúpula, os representantes das organizações destacaram a preocupação de que o calor extremo possa levar à morte, mas muitas vezes não recebe a mesma atenção que fenômenos como furacões ou inundações. Nesse sentido, pediram aos governos, empresas, filantropos e demais líderes que se mobilizem e adotem medidas concretas em escala global para lidar com essa questão urgente.
Jagan Chapagain, secretário-geral da FICV, ressaltou a importância de iniciar uma “primavera mundial de ação sobre o calor extremo” para sensibilizar e gerar compromissos. Samantha Power, administradora do USAID, fez um apelo para que agências de desenvolvimento e doadores reconheçam a ameaça que o calor extremo representa e destinem recursos para ajudar as comunidades a lidar com essa condição.
A USAID anunciou a construção de 30 escolas na Jordânia, projetadas para suportar o calor, com bom isolamento e ar condicionado. Além disso, lançou um mapa interativo indicando as áreas mais expostas ao calor extremo. Durante o evento, John Podesta, emissário do presidente dos Estados Unidos para assuntos climáticos, alertou que mais informações sobre ondas de calor podem salvar vidas e enfatizou que o calor extremo tem causado mais mortes do que qualquer outro perigo climático.
Como a chegada do verão se aproxima, a conscientização e ações efetivas para lidar com o calor extremo tornam-se cada vez mais urgentes e necessárias.