Estudo aponta que diabetes, poluição e álcool aceleram a demência, que deve crescer mais de 150% até 2050, segundo a OMS.

Segundo estimativas divulgadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS), o número de pessoas com demência deverá crescer mais de 150% até o ano de 2050, alcançando a marca de 139 milhões de casos em todo o mundo. Essa previsão é alarmante e levanta preocupações sobre a saúde mental das populações globais nas próximas décadas.

Uma pesquisa recente realizada por cientistas da Universidade de Oxford, na Inglaterra, revelou que fatores como diabetes, poluição do ar relacionada ao trânsito e a ingestão de álcool estão entre os principais elementos prejudiciais que podem acelerar o desenvolvimento da demência. Essa descoberta é resultado de um estudo amplo que analisou mais de 40.000 participantes do Biobank do Reino Unido, com idade superior a 45 anos.

Os pesquisadores identificaram 161 fatores de risco modificáveis, ou seja, aspectos que podem ser alterados ao longo da vida para reduzir a incidência de demência. Entre esses fatores, a diabetes, a poluição atmosférica e o consumo de álcool se destacaram como os mais prejudiciais, especialmente em regiões específicas do cérebro que são mais vulneráveis a esses elementos.

É importante ressaltar que, apesar de alguns fatores de risco para demência serem inevitáveis, como a idade e histórico familiar da doença, oito deles são modificáveis, o que significa que intervenções precoces e adequadas podem contribuir significativamente para reduzir o risco de desenvolver essa condição debilitante.

Diante dessas descobertas, é fundamental que políticas públicas e orientações de saúde sejam direcionadas para a conscientização e prevenção desses fatores de risco, a fim de promover um envelhecimento saudável e reduzir a incidência de demência na população global.

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo